sábado, 19 de maio de 2012

O gato no samba e ela cortando os pulsos com faquinha de rocambole

E ela foi tomada pela síndrome da mulher atrás da porta. Célebre música do Chico que fez Elis chorar por ela e por toda mulher que já sofreu por amor.

Drama, bolero e maquiagem borrada. Ridículo, clichê e real.

A moça busca desesperadamente por respostas, mesmo sabendo que não há explicação que amenize a amarga e angustiante sensação de ser deixada.

Realiza, cotidianamente, sua sessão masoquista: check-ins, tweets, curtidas e comentários. Acompanha em real time pelas redes sociais o que ele já deixou claro através do silêncio e do sumiço: ele não a quer mais.

Ela quer gritar. Falar, questionar, entender. Por que, porque, porquê? Sente vontade de ligar, ir atrás no bar, gritar em frente ao prédio, pegar o fulano pelo pescoço, encostar na parede e dizer que ele é um viado, escroto, filho da puta... e que ela sem orgulho nem vergonha o ama enlouquecidamente.

Mas, ela segue a civilidade convencional e sofre só... tendo certeza que não será a última vez que vai morrer de amor e acordar, mais viva do que nunca, no dia seguinte.

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