quarta-feira, 6 de julho de 2011

No alarms and no surprises

Exatamente assim. Na mediocridade do cotidiano.

Choro internamente em mais um repeat da música, velha conhecida. Não tem twitter, MSN ou ligação que ajude. Não preciso falar com ninguém. Preciso sair de dentro da minha vida, da limitação diária dos pensamentos condicionados.

Me conta o que está acontecendo? Conversar o que? Como explicar o simples fato se sentir presa dentro de mim? Não posso esperar compreensão diante da subjetiva reclamação de não conseguir dizer o que me mata por dentro, um excesso de vida desperdiçada.

Pode parecer crise existencial de adolescência tardia, TPM ou frescura no rabo, mas é dor mesmo. A dor da percepção da vida terrena, da superficialidade dos dias que passam.

Sinto como se tivesse um mundo aqui dentro, querendo sair e me matando... sufocada. Criatividade prensada por uma realidade mediana, sem alarmes e sem surpresas.

Me disseram uma vez que Isadora Duncan, ao ser questionada sobre o porque dançava, respondeu que era porque não conseguia falar tudo o que existia dentro dela. Sem talento, eu padeço com uma alma de artista, frustrada, ainda em busca de um modo de externar tudo ISSO que existe em mim.

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